Portugal continental está em Situação de Alerta até às 23h59 de terça-feira, dia 4, devido à previsão de “um significativo agravamento do risco de incêndio rural”, anunciou este domingo o Governo.
Uma nota divulgada pelo Ministério da Administração Interna explica que, “face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio rural”, há necessidade de “adoptar medidas preventivas e especiais de reacção”.
Esta segunda-feira, prevêem-se teores de Humidade Relativa do Ar (HRA) inferiores a 30% na região interior mais a leste do país e no sotavento algarvio, sem recuperação nocturna no sotavento algarvio, no interior Norte e Centro e no alto Alentejo. Na terça, deverá registar-se uma diminuição dos teores de HRA, que deverão ficar aquém de 20% no interior do país, sendo < 30% no resto do país, excepto na faixa litoral, único local onde deverá ocorrer recuperação nocturna.
Na região de Lafões, as temperaturas desta segunda-feira variam entre os 30 e os 31 graus, chegando aos 34 na terça em Vouzela e São Pedro do Sul e aos 33 em Oliveira de Frades, segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Quanto ao vento, prevê-se que continue a soprar forte esta segunda-feira (até 40 a 45 km/h) no litoral oeste a sul do cabo Carvoeiro e nas terras altas (em especial do Centro e do Sul), com rajadas até 65 km/h e possível enfraquecimento nocturno. Na terça, deverá predominar o vento do quadrante norte (até 30km/h), soprando até 40 km/h de leste/nordeste nas terras altas e na faixa costeira ocidental até início da manhã e a partir do final do dia e sendo a partir da manhã do quadrante sul na costa sul do Algarve.
Por tudo isto, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) alerta para a manutenção do tempo quente e seco, e do vento forte, “permitindo condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais”.
Em Situação de Alerta, é proibida a realização de queimadas, o uso de fogo-de-artifício ou de qualquer outra pirotecnia, o acesso e a circulação em espaços florestais “previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios”, bem como a realização de trabalhos com equipamentos eléctricos em espaços florestais ou rurais, como moto-roçadoras, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.
O Ministério da Administração Interna lembra que é permitido alimentar animais, fazer podas, regas, extracção de cortiça e mel, colheitas de culturas agrícolas, desde que “sejam de carácter essencial e inadiável”, em zonas de regadio, sem materiais inflamáveis e fora de floresta e mata. Os trabalhos de construção civil também são permitidos, “desde que inadiáveis e que sejam adoptadas as adequadas medidas de mitigação de risco de incêndio rural”.