O Orçamento da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões para 2021 ascende a mais de 10 milhões de euros. O documento estratégico foi aprovado por unanimidade em sede de Conselho Intermunicipal e vai agora ser submetido a aprovação pela Assembleia Intermunicipal.
“Este orçamento é, fundamentalmente, um orçamento que tem em consideração as exigências dos novos tempos, com a presença da pandemia Covid-19 na nossa região e no país, mas com uma noção clara dos desafios que a região tem pela frente e com olhos postos no futuro”, realça o Presidente da CIM Viseu Dão Lafões, Rogério Abrantes.
Uma das principais áreas continuará a ser a Mobilidade e os Transportes, com o início do projecto piloto de transporte flexível, em seis concelhos, posteriormente alargado a todo o território, e o lançamento de um projecto no domínio da mobilidade suave, com a construção de várias ciclovias e/ou vias pedonais, em vários municípios, além do investimento em modos de transporte mais suaves, como é o caso das bicicletas.
Na área da Educação, a CIM Viseu Dão Lafões vai prosseguir com o plano de promoção do sucesso educativo nas escolas da região, “com vários projectos inovadores”, em articulação com os agrupamentos de escolas e os concelhos.
Outra das apostas é a modernização administrativa, com a continuação do projecto intermunicipal “1 modelo, 14 municípios”, promovendo a simplificação administrativa, incluindo a administração electrónica e a contínua modernização dos serviços públicos.
Atenção à floresta
Noutra área estratégica para a entidade, a Protecção Civil Intermunicipal e a Defesa da Floresta, as brigadas de sapadores florestais vão prosseguir os trabalhos de silvicultura preventiva e manutenção da rede primária, a que se junta o trabalho de planeamento estratégico do Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal.
O plano e orçamento para o ano de 2021, prevê, também, a concretização do Sistema de Informação Cadastral Simplificado no território dos municípios que não dispõem de cadastro geométrico da propriedade rústica ou cadastro predial. Em simultâneo, vai iniciar-se a instalação do Sistema Integrado de Videovigilância para a Prevenção de Incêndios Florestais.
Forte aposta no turismo
No domínio do Turismo e da Cultura, a CIM Viseu Dão Lafões vai dar sequência à promoção de produtos turísticos interligados e executar dois projectos recentemente aprovados pelo Programa Valorizar, com a estruturação de produtos turísticos associados ao Enoturismo e ao Megalitismo.
Rogério Mota Abrantes destaca “a construção da Ecopista de Vouga, uma aspiração de muitos anos da nossa região e que alavancará, ainda mais, o produto compósito de turismo de natureza que estamos a desenvolver no nosso território, que alia percursos pedestres, centros de BTT e Trail, às Subidas Épicas, afirmando a região, no contexto nacional, enquanto destino de excelência, entre os amantes do Turismo de Natureza”.
A programação cultural em rede vai continuar a ter vários espectáculos e criações culturais, que vão percorrer os 14 municípios da CIM Viseu Dão Lafões ao longo do próximo ano.
Trabalho intermunicipal para combater a pandemia
O Presidente da CIM Viseu Dão Lafões lembra que o próximo ano “marcará o início do próximo quadro financeiro plurianual 2021-2027, pelo que os trabalhos da definição de uma estratégia de desenvolvimento territorial para a Região Viseu Dão Lafões terão continuidade, a que se seguirá o processo de contratualização com os vários Programas Operacionais”.
O responsável garante que a entidade vai acompanhar o dossier do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “já que esta Comunidade intermunicipal defende que o mesmo deverá contar com o reforço do papel, da participação e do envolvimento ativo das Comunidades Intermunicipais e dos seus municípios”. Rogério Abrantes defende que “é fundamental a territorialização do PRR, através de um Pacto Regional, coordenado e liderado pela CCDR do Centro”.
Sobre a pandemia de covid-19, o dirigente assegura que no próximo ano os autarcas vão “continuar a acompanhar, de muito perto, juntamente com as Autoridades de Saúde e com a Protecção Civil, todos os desenvolvimentos” da mesma, “já que o trabalho à escala intermunicipal, e em articulação com os restantes atores, regionais e nacionais, revela-se decisivo no controlo desta pandemia”.