Miguel Martins é o nome escolhido pela Coligação Democrática Unitária (CDU) para a corrida à Câmara Municipal de Oliveira de Frades, nas próximas eleições autárquicas.
A “qualidade de vida das populações, a assimetria do território e o ambiente” são eixos prioritários da candidatura, que vai ser apresentada no próximo domingo, às 16h00, na Praça Luís Bandeira.
É a terceira vez que o geógrafo, de 42 anos, concorre ao cargo, depois dos escrutínios de 2013 e 2017, em que o PCP-PEV obteve 2,74% e 2,67%, respectivamente.
Membro do Conselho e da Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista Os Verdes (PEV), Miguel Martins foi candidato à Assembleia da República nas eleições legislativas de 2009, 2011 e 2015, pelo círculo eleitoral de Viseu.
No mesmo dia, vai ser apresentada a candidata da CDU Assembleia Municipal de Oliveira de Frades, Fátima Santos, que concorre como independente.
A professora, de 43 anos, é membro da Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Destriz e Reigoso.
No arranque para as próximas autárquicas, a CDU de Oliveira de Frades repete as criticas à política seguida pelos executivos camarários desde 1974, notando que o actual, “que resultou de uma dissidência do PSD, gerou muitas espectativas na população do concelho, mas na verdade, traduziu-se, grosso modo, numa mão cheia de muito pouco ou quase nada”.
“Quando se exige reforçar a intervenção nas freguesias, nomeadamente ao nível da drenagem das águas pluviais, da limpeza das bermas e valetas, da manutenção da rede viária urbana e caminhos agrícolas e florestais, a Câmara Municipal caminhou a passos largos para o desmantelamento do estaleiro municipal. Quando se exige a recolha do lixo de forma eficaz, ajustada às necessidades das populações, privatiza-se o seu transporte, empurrando todas e quaisquer desculpas da sua ineficiência para a empresa^”, refere a coligação em comunicado de imprensa.
A força política critica também a redução do transporte público fora dos períodos lectivos e a sua suspensão durante a pandemia, “deixando as populações privadas do seu direito à mobilidade que compromete outros direitos constitucionais como é o caso da saúde”, e a manutenção de “uma rede de saneamento do século passado, das piores a nível nacional”.
Outro dos ataques vai para a gestão do território, onde “os caminhos agrícolas e florestais encontram-se intransitáveis com eucaliptos e matos, acentuando a vulnerabilidade das populações”.
A coligação nota que tem “provas dadas” nas freguesias de Destriz e Reigoso, em Pinheiro e São João da Serra, e refere que “os órgãos municipais precisam de eleitos da CDU, uma força política marcada pelo Trabalho, Honestidade de Competência, que prima no país e em Oliveira de Frades por valorizar os serviços públicos, defender os trabalhadores, promover a qualidade de vida da população, dinamizar a produção local e o comércio tradicional, defender a agricultura familiar, garantir uma floresta que assegure a segurança das populações, assegurar o transporte público, lutar pela reposição das freguesias, preservar o ambiente e os ecossistemas, despoluir os rios e ribeiras, proteger os animais e toda a biodiversidade, assegurar a salubridade dos espaços públicos, apoiar a cultura, entre muitas outras intervenções”.