VOUZELA, 12 de Novembro de 2024
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Maioria das regiões com “tendência crescente” de infecções por covid-19

22 de Outubro 2021

A maioria das regiões de Portugal continental regista uma “tendência crescente” de infecções por covid-19, devido ao aumento médio do índice de transmissibilidade (Rt), indicador que estima o número de casos secundários de infecção resultantes de uma pessoa portadora do vírus. A informação consta do relatório das “linhas vermelhas” divulgado esta sexta-feira.

“Observou-se um valor de Rt superior a 1 na maioria das regiões, com exceção do Alentejo e Algarve, indicando uma tendência crescente da incidência de infecção por SARS-CoV-2”, pode ler-se no documento da análise de risco elaborado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Em comparação com os valores apresentados no último relatório, o valor médio do Rt aumentou em quatro das cinco regiões continentais: No Norte, passou de 0,97 para 1,00; no Centro, de 1,05 para 1,11; em Lisboa e Vale do Tejo, de 1,02 para 1,03; e no Algarve de 0,85 para 0,95. Só o Alentejo teve uma evolução contrária, passando de um Rt de 1,06 para 0,80.

“Estes resultados sugerem uma tendência crescente das infecções por SARS-CoV-2 em todas as regiões, à excepção do Alentejo e Algarve”, salienta o documento, realçando, contudo, que nenhuma região apresenta uma incidência de novos casos superior ao limiar de 240 casos em 14 dias por 100 mil habitantes.

Apesar da tendência, o relatório aponta para uma actividade epidémica de “intensidade reduzida e transmissibilidade moderada”, que se reflecte numa tendência estável da pressão sobre os serviços de saúde e no impacto na mortalidade associada à covid-19.

O número de doentes nos cuidados intensivo (UCI) corresponde a 23% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, valor que é sensivelmente idêntico à semana anterior. Esta sexta-feira havia 60 pessoas internadas em UCI devido à covid-19, segundo o “Relatório de Situação” da DGS.

No que respeita à mortalidade, verificaram-se 9,4 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a um aumento de 2% relativamente à semana anterior. “Este valor é inferior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças”, refere o documento das autoridades de saúde.

O relatório mostra ainda que foram detetados nove casos de uma sublinhagem da Delta, denominada AY.4.2, que tem “suscitado particular interesse na comunidade científica internacional devido ao seu aumento de frequência no Reino Unido nas últimas semanas”. Os nove diagnósticos foram registados entre os dias 24 de Agosto e 4 de Outubro.

A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,6% – um pouco acima do valor da semana anterior, 1,4%-, encontrando-se abaixo do limiar definido de 4%.

 


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