As pessoas recuperadas de COVID-19 podem, a partir desta segunda-feira, disponibilizar-se para doar plasma, destinado a tentar melhorar a situação clínica de quem ainda está a passar pela doença, revelou a presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), Maria Antónia Escoval.
Em causa está uma terapia experimental que já começou a ser testada noutros países, com alguns resultados promissores, e que foi recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças Infecciosas (ECDC).
Os voluntários têm que apenas que aceder a um link disponível no site do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) e manifestar a sua vontade de doar o chamado “plasma convalescente”, estando garantido o anonimato dos dadores, assegurou a presidente daquele organismo, Maria Antónia Escoval.
Os ensaios clínicos com plasma de sangue de doentes recuperados de COVID-19 vão arrancar até ao fim do mês em sete hospitais e três centros do IPST, o qual desenvolveu um procedimento que envolve a selecção dos doentes recuperados, a colheita, a análise, o processamento e a posterior distribuição deste plasma.
“Durante o mês de maio proceder-se-á ao recrutamento voluntário de doentes convalescentes e à sensibilização dos mesmos através dos médicos assistentes”, adiantou a responsável, acrescentando que, “em simultâneo, um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Saúde, definirá os critérios mínimos de inclusão e exclusão dos doentes para entrarem em ensaios clínicos”.