A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões apresentou e testou esta semana um projecto que tem como objectivo informar os 14 municípios associados sobre o estado das suas vias.
A nova tecnologia de inteligência artificial, chamada de SGPavM, foi aplicada pela primeira vez em Aguiar da Beira e funciona com base num smartphone colocado no pára-brisas de uma viatura, que faz o levantamento de toda a informação, a qual é transmitida em tempo real para um servidor, onde algoritmos de inteligência artificial identificam, localizam e caracterizam as patologias assinaladas.
O sistema “permite que de forma automática se proceda ao cálculo do índice de qualidade (IQ) dos pavimentos e à classificação do seu estado de conservação, fornecendo informações úteis para a aplicação das melhores metodologias de gestão preventiva da rede rodoviária, contribuindo para assegurar a longevidade e segurança das infra-estruturas”, destaca a CIM, adiantando que a tecnologia pode ainda evoluir para “auxiliar na identificação e gestão da sinalização vertical, bem como, para a monitorização das faixas de controle de combustível nas bermas das estadas analisadas”.
“Estes dados facilitam a projecção de estratégias de reparação ou de conservação da rede viária, permitindo, por um lado, optimizar as decisões de investimento, e, por outro, antecipar a necessidade de intervenção”, acrescenta o organismo.
A SGPavM vem substituir a tecnologia até agora usada, em que a informação era recolhida com recurso a tablet e GPS, um trabalho que obrigava à presença de dois técnicos municipais na viatura. O novo sistema foi desenvolvido no âmbito do Centro de Competências de Gestão de Vias (CCGV), que tem como missão apoiar a gestão e a tomada de decisões sobre a manutenção e conservação da rede viária municipal da região, recorrendo a tecnologias inovadoras.
O secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho, sublinha que a nova tecnologia “opera numa lógica intermunicipal, promovendo a partilha de recursos e serviços, no âmbito das tecnologias e dos sistemas de informação geográfica, melhorando tanto a qualidade como a eficiência das intervenções”, acrescentando que “a boa gestão e conservação da rede rodoviária dos territórios é determinante para a sua competitividade”.