VOUZELA, 16 de Janeiro de 2025
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Carolina Santos - UCC Lafões

Dia 20 de março: “Dia Mundial da Saúde Oral”

16 de Março 2020

A saúde oral contribui positivamente para o bem-estar físico, mental e social permitindo o usufruto pleno das oportunidades que a vida proporciona, com destaque para o relacionamento com os outros, falar, comer, sem entraves causados pela dor, desconforto, constrangimentos ou embaraços. É possível e desejável manter dentes e gengivas saudáveis durante toda a vida. Para o conseguir, as medidas preventivas, incluindo os cuidados básicos de saúde oral, vão sendo implementadas ao longo da vida e estão ao alcance de todos porque são simples de concretizar, económicas e muito eficazes.

É fundamental, iniciar os cuidados adequados de saúde oral logo desde o nascimento. Quanto maior for o envolvimento dos pais, dos cuidadores, dos profissionais de saúde e de educação, bem como de todos os que poderão acompanhar e, de alguma forma, interceder na promoção da saúde oral, melhores e mais duradouros serão os resultados. A transmissão de informação, os conhecimentos e o exemplo, contribuem e incentivam o próprio a adotar comportamentos responsáveis e favorecedores da saúde.

As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, são um sério problema de saúde pública, uma vez que afetam grande parte da população, influenciam os seus níveis de saúde, de bem-estar, de qualidade de vida e são vulneráveis a estratégias de intervenção conhecidas e comprovadamente eficientes.

Assim, as práticas diárias para o controlo da placa bacteriana, a constituição da dieta e a frequência de ingestão de alimentos, influenciam grandemente o tipo e número de bactérias que constituem a flora oral e que interferem na etiologia da cárie dentária e das doenças periodontais.

A saliva, bem patente durante o dia, é um importantíssimo fator protetor, pela sua capacidade de neutralizar os ácidos (poder tampão), remover os alimentos da cavidade oral e diluir os alimentos açucarados, no entanto quase desaparece durante o sono. Por isso, é tão importante a aquisição de hábitos que promovam a remoção da placa bacteriana antes de dormir e a não ingestão de alimentos após a escovagem dos dentes.

A escovagem com um dentífrico fluoretado (1000-1500 ppm) deve ser efetuada a partir da erupção do primeiro dente decíduo, pelo menos duas vezes por dia, sendo uma delas à noite, antes de deitar. Para remover a placa bacteriana que se acumula nos espaços entre os dentes, onde a escova não chega, devemos complementar a higiene oral com a utilização de fio/ fita dentária ou escovilhões, prevenindo assim o aparecimento da cárie dentária e das doenças das gengivas.

Durante a gravidez, devido a alterações hormonais próprias desse período, é frequente verificar-se o agravamento de problemas orais, em especial inflamação das gengivas, com dor e hemorragia gengival durante a escovagem, devendo, por isso, ser dispensada especial atenção à higiene oral.

A higiene da cavidade oral é fundamental para a prevenção da cárie dentária e doenças da gengiva.  O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO)  por intermédio das equipas de saúde escolar, promove a sua prática nas escolas e jardins-de-infância, através das famílias, também com a utilização do cheque dentista e documento de referenciação ao higienista oral.

O cheque-dentista, é um documento que assegura ao utente o acesso a tratamentos preventivos e curativos prestados gratuitamente por profissionais especializados, nomeadamente estomatologistas e médicos dentistas nos seus consultórios privados. A livre escolha é assegurada ao utente através de uma lista de médicos aderentes, disponível nos Centros de Saúde ou através do microsite da saúde oral. Os destinatários são as grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), utentes do SNS que beneficiem do Complemento Solidário para idosos, crianças e jovens dos 3 aos 18 anos e doentes portadores de HIV/SIDA.

Nas escolas, as Equipas de Saúde Escolar distribuem e promovem o bochecho quinzenal com uma solução de fluoreto de sódio a 0,2% a partir dos 6 anos (alunos do 1º ciclo do ensino básico);e são atribuídos cheques dentista às crianças das coortes de 7, 10 e 13 anos.

É importante que os cheques dentista sejam utilizados, porque o contrário irá comprometer o acesso aos cheques dentista das idades intermédias, que são emitidos através de referenciação do médico de família, às crianças com idade igual ou inferior a 6 anos e às crianças e aos jovens de idades intermédias (8, 9, 11, 12, e 14 anos).

Aos jovens com 16 e 18 anos, o cheque dentista é emitido pelo assistente operacional das unidades de saúde do SNS.

A saúde oral é parte integrante da saúde geral, justificando uma intervenção transversal em várias áreas da saúde, com particular relevância nos programas dirigidos a grávidas, crianças e jovens, em momentos do ciclo de vida durante os quais as estratégias de promoção da saúde e prevenção das doenças orais se revelam muito mais eficazes.

 

Carolina Santos

Unidade Cuidados na Comunidade de Lafões (UCC Lafões)


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