As comunidades intermunicipais de Viseu Dão Lafões e da Região de Coimbra lançaram esta segunda-feira um procedimento de contratação pública internacional para a aquisição de um Sistema Integrado de Videovigilância, no valor de 3.343.000 euros, destinado a prevenir incêndios florestais nos seus territórios.
Segundo a CIM Viseu Dão Lafões, trata-se do “maior procedimento alguma vez publicitado no país” e engloba a instalação de uma rede de 37 torres de videovigilância, que vão abranger 33 municípios de ambas as regiões, incluindo Vouzela, Oliveira de Frades e São Pedro do Sul.
O objectivo é alcançar “uma cobertura adequada de ambos os territórios, tendo em consideração as áreas de maior risco, as zonas sombra e as áreas com maior histórico de incêndios florestais, de forma a desenvolver uma estratégia supramunicipal que permita minimizar os impactos dos incêndios florestais, potenciando os meios disponíveis para a sua vigilância, detecção e combate”.
Nalguns casos, as torres vão ser construídas de raiz, ao passo que noutros locais vão ser aproveitadas infra-estruturas existentes, como por exemplo depósitos de água, com o objectivo de reduzir os custos do investimento. A sua localização e o respectivo número foram determinados pela ideia de “optimizar a cobertura”, levando em consideração os sistemas de regiões vizinhas, como a CIM das Beiras e Serra da Estrela, que já tem um projecto de videovigilância, revelou ao Notícias de Vouzela o chefe de equipa multidisciplinar da unidade de protecção civil da CIM Viseu Dão Lafões, André Mota, em Janeiro deste ano. O mesmo vai acontecer com esta parceria entre as comunidades intermunicipais de Viseu e Coimbra, uma vez que fazem fronteira.
Sistema vai cobrir 85% do território da CIM Viseu Dão Lafões
Os municípios que não tenham qualquer torre “estarão cobertos na mesma” e o objectivo é haver uma “sobrevisualização de imagens” entre as várias infra-estruturas, adiantou o responsável, garantindo que o sistema vai garantir “uma cobertura de 85% do território” da CIM Viseu Dão Lafões.
Ao mesmo tempo, as torres vão complementar a actual rede de postos de vigia, pois vão funcionar ao longo de todo o ano. As imagens captadas vão ser seguidas de perto por elementos da GNR, com os municípios a terem acesso às mesmas em tempo real.
O Sistema Integrado de Videovigilância é apoiado pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Uso dos Recursos (POSEUR) e pelo Fundo de Coesão e Portugal 2020, tendo sido submetido no âmbito de uma parceria entre ambas as comunidades intermunicipais.