VOUZELA, 14 de Setembro de 2024
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Sinais de resiliência em Carvalhal de Vermilhas

27 de Dezembro 2020

Apesar da difícil situação que atravessamos, ainda surgem, às vezes inesperadamente, coisas positivas (além dos testes ao Covid19, que esses é bom que sejam negativos). Neste último semestre, surgiram sinais da resiliência de Vermilhas em relação ao despovoamento.

Convém esclarecer que falo de Vermilhas, porque é nesta localidade que o despovoamento tem sido mais acentuado. O Carvalhal tem conseguido resistir melhor, como se pode constatar facilmente, comparando o número de crianças e jovens que há em cada uma das localidades.

No passado mês de Setembro dei a notícia de uma família de emigrantes que veio e ficou. Soube, depois, que houve mais três casais que passaram a residir em Vermilhas: um residia em Viseu e veio para uma casa que aqui construiu; outro veio da zona da Grande Lisboa para uma casa que a família cá tinha; um terceiro veio de uma localidade próxima para uma casa que comprou.

Não é razão para embandeirar em arco e deitar foguetes, porque ainda não é o suficiente para inverter a tendência. Mas, como agora vemos e ouvimos falar, com frequência, de gráficos e curvas, a respeito da pandemia, podemos dizer que, neste caso, este acontecimento tem, desde já, o efeito de diminuir a inclinação da curva descendente do gráfico que representa a evolução da população de Vermilhas. Ninguém sabe o que o futuro nos reserva, mas é lícito pensar que aquela cena de “o último a sair apaga a luz” ainda vem muito longe. E eu creio, aliás, que nunca chegará a ocorrer.

 

José Rodrigues


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