A Semana Mundial do Aleitamento Materno é comemorada anualmente entre os dias 1 e 7 de agosto, em mais de 170 países, com o objetivo de encorajar esta prática e fomentar a saúde dos recém-nascidos de todo o mundo.
O tema para 2022 “Fortalecer a amamentação – Educando e Apoiando “, concentra-se no melhorar a capacidade das pessoas de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno em todos os níveis da sociedade.
A campanha destina-se a governos, sistemas de saúde, locais de trabalho e comunidades. Juntos, precisamos de informar, capacitar e fortalecer a nossa habilidade de criar e promover ambientes favoráveis à amamentação para as famílias.
A pandemia Covid19 ampliou as dificuldades entre e dentro de países, pelo que promover o aleitamento materno é fundamental para o desenvolvimento sustentável, pois melhora a nutrição, garante a segurança alimentar e diminui as assimetrias ao nível mundial.
A escolha pela amamentação é uma opção que cabe única e exclusivamente à mãe. Os benefícios podem ser determinantes para o crescimento da criança, mas também trazem benefícios para a mãe e para a família, uma vez que é a forma mais económica e segura de alimentar o bebé.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha a que as crianças sejam alimentadas exclusivamente por leite materno até aos 6 meses de idade e como alimento complementar durante dois anos ou mais.
Além de alimentar, o leite materno tem uma enorme importância na proteção do bebé, está repleto de ingredientes vivos, bem como de outros componentes bioativos, e todos ajudam a combater as infeções e a prevenir as doenças, contribuindo para um desenvolvimento saudável.
Os bebés que são exclusivamente amamentados durante os primeiros seis meses de vida têm menos probabilidades de sofrer de gastroenterite, constipações e gripes, infeções nos ouvidos e torácicas e candidíase. Quando comparados com os bebés alimentados com leite artificial, os bebés que são exclusivamente amamentados têm metade das probabilidades de serem vítimas da síndrome de morte súbita infantil (SMSI ou morte no berço).
A amamentação não tem só benefícios para o bebé. Segundo a OMS, a amamentação também contribui para a saúde materna já que ajuda a reduzir o risco de depressão e hemorragia pós-parto.
Apesar dos valores estarem ainda longe das metas da OMS, que pretendia ter pelo menos 50% dos bebés alimentados com leite materno exclusivo até aos 6 meses, Portugal tem conseguido uma evolução positiva, contribuindo assim para o sucesso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que se pretendem alcançar até 2030.
Augusta Costa- UCC Lafões