Os problemas da Estação de Tratamento de Águas Residuais do Souto, em Oliveira de Frades, já estão corrigidos. A garantia foi dada ao nosso Jornal pelo vice-Presidente do Município, Carlos Pereira, adiantando que “em 2019 foi feita uma intervenção de fundo” para resolver as deficiências que havia no sistema por estar obsoleto desde 2015 e que chegou a motivar chamadas de atenção por parte das autoridades ambientais.
“A intervenção representou um investimento de 95 mil euros, com o objectivo de cumprir os parâmetros de descarga em vigor”, explica o responsável, revelando também que, ainda este ano, serão adquiridos “dois equipamentos para rentabilizar” a infra-estrutura.
Os problemas da ETAR chegaram, no início do ano, à Assembleia da República, depois de a deputada Mariana Silva, do Grupo Parlamentar Os Verdes, ter questionado o Governo sobre a poluição da linha de água que desagua no Rio Vouga, a montante da Barragem de Ribeiradio, junto à povoação do Cunhedo. No documento, a deputada recorda que, em 2019, aquele curso hídrico apresentou “durante várias semanas uma carga poluente excessiva, de cor acastanhada, da qual emanava um cheiro intenso”.
“Segundo a população que identificou esta ocorrência, e a denunciou ao Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR, a poluição tem sido recorrente, contudo, nos meses de Setembro e Outubro de 2019 a carga poluente foi tão intensa que para além dos odores, as águas poluídas acabam por “tingir” o próprio Vouga”, refere o documento do grupo Os Verdes.
Na resposta, o Gabinete do Ministro do Ambiente e da Acção Climática refere que, a 13 de Janeiro, fez uma nova acção de fiscalização à ETAR de Oliveira de Frades, apontando algumas deficiências, e ao curso de água, onde se verificava a presença de águas residuais.
Carlos Pereira explica que “foi efectuada uma avaliação no sistema e no terreno” e que o problema estaria em “rupturas na rede de colectores junto à linha de água”, estando “a maioria já reparadas”.