No ano passado nasceram 86.579 bebés em Portugal, menos 441 do que em 2018, e morreram 111.793 pessoas, menos 1.258, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira. Pelo 11º ano consecutivo, o país regista um saldo natural negativo, agora de menos 25.214 cidadãos.

O relatório mostra que em 2019 vieram ao mundo 44.539 rapazes e 42.040 raparigas e que, pelo quinto ano consecutivo, mais de metade das crianças (56,8%) nasceram fora do casamento, tendo sido no mês de Setembro que se registou o maior número de partos, o que também começa a tornar-se uma tendência.

Em 2019, realizaram-se em Portugal 33. 272 matrimónios, menos 3,9% do que no ano anterior e, em mais de metade (61,1%) dos casos, os nubentes possuíam residência anterior comum. Os casamentos apenas pelo civil, que estão a aumentar desde 2010, representaram 68,7% do total, a celebração católica apenas 30,8% e houve 0,5% de uniões de acordo com outros rituais.

Mais de 30% das mães tinham 35 anos ou mais, o que coloca Portugal em quinto lugar entre os 28 países da União Europeia (o Reino Unido ainda aparece na lista) onde as mulheres tiveram filhos mais tarde.

Em crianças com menos de um ano, verificaram-se 246 óbitos – menos 41 do que em 2018 -, o que corresponde a uma descida da taxa de mortalidade infantil de 3,3 para 2,8 óbitos por mil nados-vivos.

Segundo o documento, no ano passado morreram 55.824 homens e 55.969 mulheres, sendo que 85,6% dos óbitos ocorreram a partir dos 65 anos de idade.