Portugal regista, até ao momento, 187 mortes por COVID-19 – mais 27 do que ontem – e 8.251 pessoas infectadas (mais 808), segundo os dados do Relatório de Situação publicado esta quarta-feira, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 11%. A região de Lafões mantém os mesmos onze casos.
O país tem agora 726 cidadãos internados e 230 nos cuidados intensivos, mais 42 do que na terça-feira), havendo ainda 4.957 que aguardam resultados laboratoriais. O número de pessoas recuperadas continua a ser de 43.
A maioria dos casos de infecção verifica-se-se na região Norte, 4.910, onde há a lamentar 95 mortes. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 1998 casos e 38 mortes, o Centro (1043 – 52), o Algarve (146 – 2) e o Alentejo (54-0).
Nos Açores há 52 pessoas infectadas e na Madeira 48, não se registando qualquer óbito nos arquipélagos, de acordo com o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS), com dados actualizados até às 24h00 de terça-feira.
Na habitual conferência de imprensa de apresentação do relatório, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, revelou que Portugal tem actualmente quase 150 ventiladores disponíveis, “cerca de 525 em unidades de cuidados intensivos, 480 em blocos operatórios e com uma capacidade de expansão de cerca de 134”.
O objectivo, garantiu o responsável, é duplicar, a muito curto prazo, esta capacidade, graças às aquisições centrais que o Governo fez e às “disponibilidades oferecidas por outras entidades”. A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, realçou que uma das soluções passa por “não manter ventiladores ocupados” em situações como cirúrgicas que possam ser adiadas.
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) anunciou ontem que os seus associados doaram 100 ventiladores e 100 monitores ao Serviço Nacional de Saúde para reforçar os meios na recuperação de pessoas infectadas pela COVID-19.
Governo prepara medidas mais restritivas
O Conselho de Ministros está a esta hora reunido para apreciar o projecto de decreto do Presidente da República sobre a prorrogação do Estado de Emergência por mais 15 dias, que Marcelo Rebelo de Sousa deverá anunciar ao final da tarde desta quarta-feira.
O Governo está também a debater medidas mais restritivas, de modo a enfrentar “o mês mais crítico da pandemia”, assim classificado pelo primeiro-ministro, António Costa.
Em declarações à SIC, o chefe do executivo adiantou que uma das preocupações vai ser restringir a circulação durante as férias da Páscoa. “O vírus não anda sozinho. Somos nós que o levamos. Se nós não formos, ele não vai”, sublinhou Costa, avisando que Abril vai ser o pior mês, não só devido às férias, mas também pelo risco de haver algum relaxamento entre a população, por eventual cansaço face às restrições em vigor.