Portugal entrou esta terça-feira em estado de contingência, o que traz várias restrições à vida em comunidade.
Entre as principais medidas, destaca-se o limite máximo de dez pessoas em ajuntamentos, a exemplo do que já acontecia em Lisboa.
Nos restaurantes e nas áreas de restauração de centros comerciais, estão proibidos grupos com mais de quatro indivíduos, o mesmo acontecendo em cafés e pastelarias a menos de 300 metros de uma escola.
Os estabelecimentos comerciais só podem abrir a partir das 10h00, salvo algumas excepções, como pastelarias, cafés, cabeleireiros e ginásios.
Os horários de fecho vão oscilar entre as 20h00 e as 23h00, cabendo essa decisão às câmaras municipais.
Durante este período, está proibida a venda de bebidas alcoólicas nas estações de serviço ou em postos de abastecimento de combustíveis.
A partir das 20h00, esta medida aplica-se a estabelecimentos de comércio a retalho, incluindo supermercados e hipermercados, bem como a espaços exteriores dos estabelecimentos de restauração e bebidas, salvo no âmbito do serviço de refeições. Por outro lado, não é possível consumir bebidas alcoólicas na via pública.
Os lares são uma das preocupações das autoridades de saúde nacionais, face aos casos de infecção registados nas últimas semanas. Para reforçar o apoio, estão previstas 18 equipas, num total de 400 pessoas, que vão estar operacionais até ao final do mês.
O objectivo é “agir de uma forma muito rápida perante qualquer surto que se venha a verificar num lar”, para permitir o diagnóstico o mais precoce possível, explicou o primeiro-ministro, António Costa, durante a apresentação das medidas do novo estado de contingência. Actualmente, estão activos 631 casos de Covid-19 nos lares portugueses.
Na apresentação das medidas, o chefe do executivo argumentou que estas têm como objectivo evitar um aumento exponencial do número de casos de infecção por Covid-19, num momento em que milhares de crianças regressam às aulas e muitos portugueses voltam ao trabalho.