VOUZELA, 17 de Setembro de 2024
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Opinião: Doenças Respiratórias 

4 de Julho 2020

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2006, lançou a Aliança Global Contra Doenças Respiratórias (GARD) cuja finalidade maior era reunir conhecimento de vários centros nacionais e internacionais para melhorar a vida de mais de um bilião de pessoas afetadas por doenças respiratórias agudas e crônicas.

Também a Sociedade Para as doenças Respiratórias Internacionais (FIRS) realça, a relação entre as doenças respiratórias e o meio ambiente com enfoque na prevenção. O tabaco, a poluição do ar, entre outros fatores contribuem para a maioria destas doenças.

Estima–se que 334 milhões de pessoas em todo o mundo têm asma, afetando 14% das crianças. Em Portugal as doenças respiratórias são a terceira principal causa de morte o que traduz enormes encargos para a saúde.

Na Primavera com a polinização das arvores, permanece no ar maior concentração de pólen favorecendo o aparecimento das alergias respiratórias, que este ano, devido à pandemia do COVID–19, veio trazer mais incerteza e ansiedade nas pessoas que têm alergias.

 

Mas afinal o que é uma alergia? Quais os cuidados a ter?

A alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico em relação a certas substâncias da natureza, que são chamadas de alérgenos. O nosso sistema imunológico possui uma memória prodigiosa, assim que identifica algo de anormal reage com rapidez, segregando anticorpos específicos. A esta hipersensibilidade dá-se o nome de alergia.

A alergia respiratória, mais conhecida por rinite, pode ser definida como uma inflamação da mucosa nasal, vulgarmente conhecida pelos típicos sintomas de congestão nasal e espirros em “salva”, que se traduz por uma reação de hipersensibilidade tipo I, pois resultam da interação de alérgenos ambientais com anticorpos específicos. São doenças causadas pela interação de fatores genéticos e exposição a fatores ambientais.

A asma é uma doença respiratória crônica de causa desconhecida, que se caracteriza por inflamação e /ou obstrução das vias aéreas, provocando dificuldade em respirar, tosse, sensação de aperto no peito entre outros sintomas, o que na época atual poderá confundir–se com outros diagnósticos.

Antes de se avançar para qualquer tratamento, é fundamental estabelecer o verdadeiro diagnóstico, recorrendo à história clínica de cada utente, passando por diagnósticos diferenciais. Os alérgenos sensibilizantes para cada caso devem ser por isso identificados, servindo de suporte aos testes a realizar.

Um diagnóstico preciso com identificação do(s)alérgeno(s) envolvido(s), a intensidade dos sintomas, e o conhecimento da fisiopatologia, são os elementos básicos para se estabelecer o melhor tratamento.

São conhecidos alguns cuidados a ter no caso de sofrer de alergias/asma: manter a casa limpa e arejada, livre de ácaros e poeiras, sem tapetes; evitar ambientes com fumo de tabaco, animais com pelos dentro de casa, como cães e gatos; agasalhar-se, tapar o nariz e a boca com um lenço ou cachecol se estiver frio; se estiver calor, permanecer em ambientes frescos, beber bastante água e usar roupa leve e chapéu; tomar anualmente a vacina da gripe e aconselhar a sua família a ser vacinada também.

Evitar esfregar os olhos e nariz, embora a comichão provoque algum desconforto. Tente relaxar.

A asma não tem cura, mas pode ser controlada com a ajuda de tratamentos eficazes. Os estudos revelam que, com medicação apropriada (broncodilatadores e corticoides) e educação adequada, a asma pode ser bem controlada, garantindo uma melhor qualidade de vida para os utentes. Caso se verifiquem agravamento de sintomas brônquicos devem consultar o seu médico.

A Prevenção deve ser uma das prioridades no controlo destas doenças.

Celeste Fernandes dos Santos – Enfermeira

UCC Lafões – Unidade de Cuidados na Comunidade


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