A melhoria da rede viária, a defesa da acessibilidade em transporte público e a preservação e valorização do ambiente e do património são algumas das propostas que a Coligação Democrática Unitária (CDU) tem para o Plano de Actividades e para o Orçamento de 2021 de Oliveira de Frades.
A força política, que esteve reunida com a Câmara Municipal na passada sexta-feira, dia 16, defende a substituição da sinalização vertical em mau estado que ficou excluída de candidatura após os incêndios de 2017, a marcação das vias, para garantir a segurança das pessoas, a expansão da rede e o restabelecimento dos acessos agrícolas e florestais que se encontram intransitáveis, “em particular nas áreas ardidas em 2017, a maioria invadidas por eucaliptos espontâneos ou pela falta de pontões”.
Neste último ponto, a CDU alerta que muitas vias encontram-se em zona florestal, “densamente povoada, com muito declive e as suas características não permitem o acesso, com o mínimo de segurança, sequer a veículos ligeiros de combate a incêndios”, dando como exemplo os caminhos do “lagar de Azeite de Sequeiro” (Pinheiro-Sequeirô) e das “Aguieiras” (Pinheiro-Nespereira).
Entre as muitas medidas elencadas para a rede de infra-estruturas, a força política propõe também a avaliação das vertentes e muros junto às vias, por todo o concelho, de forma a “garantir a segurança das pessoas”, e que se garanta a circulação nos caminhos agrícolas e florestais que ligam povoações, de modo a “permitir o acesso por parte de bombeiros, mas também para possibilitar uma alternativa de fuga, caso seja necessário, conforme se verificou com os incêndios de 2017”.
Transporte em todas as freguesias
Na área dos transportes, a CDU pretende, entre outras medidas, que se garanta o acesso em transporte público a todas as povoações do concelho, inclusive fora dos períodos lectivos, e recusa o modelo de transporte a pedido, “caso implique a suspensão ou o fim do transporte público regular, conforme se verificou no Verão de 2019 em algumas freguesias do concelho”.
A nível das freguesias, a força política defende que a Câmara Municipal deveria “disponibilizar um trabalhador, pelo menos um dia por semana, de forma a dar o apoio administrativo” às mesmas, e “afectar um ou dois trabalhadores, assistentes operacionais”, “para realizar pequenas intervenções ao nível da limpeza das valetas, corte de vegetação, desentupimento de aquedutos, entre outros”.
No que respeita à cultura e ao património, a CDU propõe a pavimentação em paralelos do acesso à Anta de Antelas, a melhoria da sinalização informativa, “nomeadamente junto ao nó de Reigoso e no acesso à Anta”, o levantamento das alminhas existentes no concelho e a sua recuperação, a preservação das estradas romanas, dotando-as de placas informativas, e a criação de percursos pedestres, entre outras medidas.
Concessão para recolha de lixo deve ser avaliada
A força política foca-se também no ambiente, onde defende que a Câmara Municipal “deve avaliar a possibilidade de terminar com a actual concessão” para a recolha do lixo, pois considera que esta veio “piorar o serviço prestado”, e “retomar a recolha dos resíduos”. A colocação de pelo menos um ecoponto em cada povoação, a eliminação das lixeiras dispersas pelo concelho, a expansão da rede de saneamento e o respectivo tratamento de águas residuais são outras das propostas nesta área.
Nas praias fluviais, a CDU volta a defender a implementação de uma praia fluvial em Sejães, “não só para garantir o acesso livre e gratuito mas também para salvaguardar a segurança das pessoas que acedem directamente às águas do Vouga”.
No caso da Carriça, a conclusão da obras “deve ser uma das prioridades do município”, segundo a força política, que defende a sua dotação com o “equipamento necessário”, de forma a proporcionar as melhores condições balneares e de lazer aos visitantes”. “Caso, isso não aconteça as mais valias da praia fluvial podem ser aproveitadas pela município vizinho de Vale de Cambra”, alerta.
Já na praia fluvial de Destriz, “marginalizada pelos executivos municipais” ao longo dos anos, segundo a CDU, esta entende que é preciso dotar a infra-estrutura de “melhores condições para banhos e lazer”.