O Museu do Caramulo tornou-me membro oficial da (Fédération Internationale de Vehicules Anciens (FIVA), organização mundial dedicada à preservação, promoção e protecção de veículos históricos e da sua cultura.
A entidade reforça, assim, o estatuto de certificadora nacional na área dos Veículos de Interesse Histórico. Para além disso, fica habilitada a “integrar projectos e actividades da Comissão FIVA, antecipar e influenciar a evolução da legislação relacionada, beneficiar de uma rede voluntária de engenheiros, advogados, historiadores, jornalistas, que contribuem para o cumprimento da missão de protecção, preservação e promoção do património ligado aos veículos com interesse histórico”, sublinha o museu.
Fundada em 1966 e reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a FIVA conta com mais de 85 organizações-membro, em mais de 71 países, representando 1.500.000 entusiastas de veículos históricos.
A colecção de automóveis antigos do Museu do Caramulo é composta por cerca de 70 veículos de várias épocas, entre os quais um Ford-T – o primeiro carro fabricado em série –, um Peugeot de 1899 – o mais antigo automóvel ainda em funcionamento em Portugal –, o Mercedes blindado que esteve ao serviço de Salazar ou o Rolls-Royce que serviu a Rainha Isabel II, o Presidente Eisenhower e o Papa João Paulo II nas suas visitas ao país.
O acervo foi iniciado em 1955 por João de Lacerda, um dos fundadores do museu, juntamente com o seu irmão, Abel, o qual morreu num acidente de carro em 1957 e por isso já não assistiu à inauguração do espaço cultural (1959) nem do edifício que actualmente guarda os automóveis (1970).
O Museu do Caramulo, como as demais entidades do género e os monumentos, deverá voltar a receber visitas no próximo dia 18 de Maio, depois de um longo período encerrado devido à pandemia de COVID-19.