A equipa do Museu Municipal de Oliveira de Frades está a fazer o tratamento preventivo das peças de madeira das colecções do espaço, de modo a prevenir a sua deterioração por pragas como o caruncho.
“A madeira, sendo um material orgânico, está sujeita a ataques de agentes xilófagos (insectos que se alimentam de madeira), que contribuem para a diminuição da sua resistência mecânica. As espécies mais comuns em Portugal são o caruncho, o gorgulho e as térmitas”, revela a instituição, adiantando que “valores médios de humidade de 40% e temperatura de 25º, favorecem o desenvolvimento e ataque destes organismos”.
Aproveitando o período de desconfinamento e enquanto o museu não reabre ao público, os colaboradores têm estado a aplicar biocida, um líquido de tipo orgânico que elimina os organismos quando ingerido.
A instituição explica que o ciclo de vida do caruncho pequeno da madeira, a praga mais comum, tem início depois do acasalamento. “A fêmea deposita 3 a 4 ovos agrupados em fendas das superfícies de madeira rugosa. Passadas duas a cinco semanas as larvas eclodem dos ovos, passando a pupas logo abaixo da superfície da madeira. Os adultos emergem no final da primavera/início do verão, devorando a madeira até à superfície”.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, os característicos orifícios que podemos observar à superfície são de saída, e não de entrada na madeira.
O Museu Municipal encerrou portas no dia 16 de Março, por decisão da Câmara de Oliveira de Frades, como medida de prevenção e controlo da pandemia de COVID-19. A reabertura está previsto para o próximo dia 18 de Maio, no âmbito do
plano de desconfinamento anunciado pelo Governo.