A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, afirmou que o Governo não tenciona abolir o pagamento das portagens nas antigas SCUT, nomeadamente a A25 e a A23, até ao final do ano.
À margem de um evento na Guarda, a ministra disse não haver “condições financeiras” para suspender ou anular as portagens, como tem exigido a Plataforma Pela Reposição das Scut na A23 e A25, para dar resposta às dificuldades acrescidas que a crise pandémica representa para os territórios do Interior.
“O que neste momento está em cima da mesa, desde a última conversa que tive com a Plataforma, é uma redução das portagens e não a sua abolição”, notou a governante, acrescentando que “é precisamente o período de pandemia em que vivemos, que as nossas finanças públicas estão sob grande pressão que nós temos muita dificuldade em suspender ou eliminar portagens”. Embora considere que “a Plataforma reivindica aquilo que legitimamente deve reivindicar”, Ana Abrunhosa realçou que “como membro do Governo só tenho que respeitar a posição mas também me compete dizer a verdade”. “Neste momento não temos condições financeiras para suspender ou para anular as portagens”, notou.
Em relação à diminuição dos custos das portagens, adiantou que o processo “está em circulação legislativa, o que significa que já há uma proposta, uma metodologia e esperamos que tenhamos em breve uma resolução do Conselho de Ministros e uma portaria que implemente uma redução das portagens”.
Recorde-se que, recentemente, a Plataforma Pela Reposição das Scut na A23 e A25 voltou a exigir a suspensão de portagens até ao final do ano e prometeu tomar medidas de protesto mais duras, incluindo o corte de vias caso não haja medidas concretas. Para o movimento, o modelo de descontos de quantidade anunciado não tem eficácia para a maioria da população, pelo que defende uma solução de descontos progressivos até à abolição de portagens.