Nos últimos anos tem-se assistido em Portugal ao encerramento de um conjunto significativo de livrarias, muitas delas antigos espaços culturais de eleição, de encontro, de convívio e de cidadania. O fecho ainda há poucos anos de portas, em Lisboa, da Aillaud & Lellos, da Book House, da Bulhosa Livreiros e da Pó dos Livros, ou no Porto, da Leitura, são apenas alguns destes tristes exemplos que têm pautado o panorama cultural nacional.
A evolução e a crise do mercado, a concorrência de grandes cadeias, a forte pressão nas rendas do mercado imobiliário, a falta de apoios ou a alteração do modo de ler, que já não se cinge exclusivamente a ler o livro em papel, e a recente crise provocada pela pandemia de coronavírus, são alguns dos motivos que estão na base do encerramento destes estabelecimentos culturais ameaçados de extinção.
Um artigo do historiador Daniel Bastos para ler na edição do NV!