A ligação entre Valadares, São Pedro do Sul, e a EN333-3, junto a Sejães, no vizinho concelho de Oliveira de Frades, é uma pretensão antiga, desde que a nova ponte sobre o Rio Vouga substituiu a antiga Luís Bandeira, que ficou submersa com a criação da Barragem de Ribeiradio-Ermida.
Esta é uma luta que tem cerca de seis anos para o Executivo da Junta de Freguesia de Valadares, liderado por Pedro Soares, e que já foi inclusivamente debatida na Assembleia Municipal e chegou a motivar um abaixo-assinado. Como, aquando do estudo de impacto ambiental e da construção da barragem, a intervenção não incluiu um novo acesso, o antigo está intransitável e inviabiliza a ligação. Algo que o Presidente da Junta de Valadares quer inverter.
Pedro Soares explica que estão a decorrer “negociações com a EDP e com a Infraestruturas de Portugal para a aprovação e apoios”. Embora defenda que a empresa do sector energético “tem responsabilidade” neste processo, uma vez que a barragem é “um projecto de desenvolvimento local e que vem valorizar o território, pelo que deveria ter acautelado o acesso”, o responsável adianta que a Junta de Freguesia irá “apresentar uma proposta à Infraestruturas de Portugal” para concretizar o traçado.
Até ao momento, adianta o autarca, há alguns trabalhos feitos a norte. Após a cedência de terrenos pelos privados e expropriados pela barragem, foram feitos o alargamento e limpeza de acessos e o levantamento topográfico, estando a decorrer trabalhos de arquitectura e engenharia.
Esta é uma intervenção que poderá custar “entre 50 e 60 mil euros” e que Pedro Soares espera que “a médio prazo, e a pensar no futuro de Valadares, seja uma realidade”.