O incêndio que começou, há dois dias, em Oliveira de Frades e progrediu para os concelhos de Sever do Vouga e Águeda, no distrito de Aveiro, está dominado desde as primeiras horas da manhã. Mas há muito trabalho pela frente, conforme explicou Luís Belo Costa, comandante Operacional do Agrupamento Distrital do Centro Sul, na conferência de imprensa desta manhã.
O responsável adiantou que calcula que tenham ardido 2200 hectares, sublinhando que se trata de uma estimativa que carece de melhor avaliação.
Aproveitando as condições meteorológicas menos adversas, o efectivo vai manter-se no terreno ao longo do dia, pois há muito trabalho a fazer. “Um incêndio desta dimensão, com esta área ardida, leva muito tempo até ficar consolidado”, explicou Luís Costa Belo, acrescentando que se esperam reacendimentos, mas que está montada uma estratégia para atacar essas possíveis reactivações logo que surjam e que inclui uma parelha de aviões bombardeiros, carregados, para fazer a monitorização da área e prontos para intervir. Haverá ainda meios aéreos a fazer a vigilância, com câmara térmica, de modo a actuar nos pontos quentes, evitando que possam crescer.
No momento em que decorria a actualização, os comandante das duas frentes (Viseu e Aveiro), acompanhados por um especialista da Força Especial de Protecção Civil, sobrevoavam a área ardida para fazerem uma ‘radiografia’ ao perímetro do incêndio, para identificar as prioridades nas manobras de consolidação.
Sobre a conclusão do incêndio, Luís Costa Melo afirmou que ainda é prematuro avançar com uma previsão, pelo que deixou agendada nova conferência de imprensa para as 19h00. “A orografia é complexa e vai ser um trabalho demorado”, salientou o responsável.