O Governo aprovou hoje o diploma que permite à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) diferir no tempo a repercussão de certos custos nas tarifas de eletricidade e trava o aumento nas faturas dos consumidores.
De acordo com o comunicado sobre a reunião do Conselho de Ministros de hoje, as consequências da pandemia de covid-19 “criaram pressão adicional e inesperada sobre as tarifas do setor energético”.
Neste sentido, o Governo decidiu “assegurar” que os seus efeitos nas faturas dos cidadãos e das empresas sejam “minimizados”.
O chamado “défice tarifário” é uma medida que começou a ser usada durante o Governo do antigo primeiro-ministro José Sócrates e que permite que o aumento das tarifas da energia não seja aplicado de uma só vez, mas sim de forma faseada no tempo.
O “défice tarifário” é, então, a diferença (cumulativa) entre o preço que deveria ser assumido na tarifa e aquele que efetivamente é.
A ERSE apresenta até ao dia 15 de outubro de cada ano uma proposta para os preços da eletricidade do ano seguinte, que depois é submetida ao Conselho Tarifário.