VOUZELA, 17 de Setembro de 2024
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Esforço nos próximos 15 dias será derminante, diz António Costa

16 de Abril 2020

A Assembleia da República aprovou o decreto do Presidente da República que prevê a renovação do estado de emergência por mais 15 dias, no nosso país. Irá vigorar até 2 de Maio.

A medida teve aprovação do PS, PSD, Bloco de Esquerda, CDS-PP e PAN. PCP, Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Moreira votaram contra. Os Verdes e o Chega optaram pela abstenção.

Na conclusão dos trabalhos, o Primeiro-ministro, António Costa, antecipou um cenário para o mês de Maio, com uma nova normalidade, sendo necessário “definir prioridades”.

Na educação, apontou a “ambição de durante o mês de Maio haver aulas presenciais, ainda que parciais, no 11° e 12° anos”. António Costa adiantou ainda a vontade de reabrir as creches, que “são fundamentais para apoiar as famílias”, e de “as crianças do pré-escolar poderem voltar a conviver”.

Por outro lado, defendeu uma “nova organização do trabalho, com horários alternados”, e de se manter o tele-trabalho, de modo a garantir a segurança nos transportes públicos que, salientou, também têm de ter “nova oferta”.

Na Administração Pública, referiu o Primeiro-ministro, é importante “repor o atendimento presencial e transmitir a confiança necessária à população”.

Reanimar a economia é também uma preocupação nas palavras do governante, que hierarquizou a reabertura de espaços comerciais e restauração, começando com o “pequeno comércio de bairro”, cabeleireiros, barbeiros e outros espaços de cuidado pessoal, e posteriormente as grandes superfícies, sempre tendo em atenção as questões de segurança para profissionais e clientes. Deixou uma palavra especial ao turismo, “um dos sectores mais afectados”, e realçou que “é um motor de inúmeras actividades de agricultura, indústria e serviços”. Como as fronteiras continuarão com restrições, António Costa convidou os portugueses a fazerem férias cá dentro. “É cá dentro que ajudamos a nossa economia”, salientou.

Na cultura, defendeu que se deve “começar com os equipamentos que têm lotação fixa e lugares marcados, de modo a garantir algum distanciamento”, complementado com o uso de máscaras.

Nos recintos desportivos, espectáculos ao ar livre, nas celebrações religiosas e nas manifestações também teremos de garantir normas de distanciamento, notou o responsável.

Retomar a normalidade, salientou, irá acarretar um “aumento de risco de transmissão”, pelo que o uso massivo de máscaras deverá avançar em vários quadrantes.

No encerramento do debate parlamentar, desejou que “seja a última vez” que se analisa um estado de emergência. “Foi em Abril que ganhámos a nossa liberdade e é no esforço final dos próximos 15 dias que vamos conseguir recuperar a liberdade das nossas vidas”, disse.


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