No âmbito do projeto da Biblioteca Escolar “Ler+ Ser+> Cidadania”, do Agrupamento de Escolas de Vouzela e Campia, realizou-se, no dia 23 de janeiro, em articulação com os grupos disciplinares de História e de Filosofia, o encontro com o cineasta Francisco Manso, destinado aos alunos do 8.ºC, 9.º AC, 9.ºA, 9.ºB, 10.ºB, 11.ºB e 12.º B do AGEVC, no Cineteatro João Ribeiro.
Neste encontro, foi visionada a longa curta-metragem “O Cônsul de Bordéus”, realizada, em 2011, por Francisco Manso e João Corrêa, que retrata a coragem e a determinação de Aristides de Sousa Mendes que salvou milhares de judeus do extermínio nazi, concedendo-lhes vistos, tendo, inclusivamente, desafiado as ordens expressas do primeiro-ministro, Salazar, que, durante a Segunda Grande Guerra, desejou manter a neutralidade de Portugal.
No final, o realizador conversou com a plateia, num ambiente muito informal, respondendo a questões bastante pertinentes sobre a temática e personagens do filme.
Francisco Manso nasceu em Lisboa a 28 de novembro de 1949. Realizador com uma longa e produtiva carreira iniciada na década de 70, conta com um vasto currículo que inclui várias produções premiadas internacionalmente. Além de curtas e longas-metragens realizadas para cinema e televisão na área da ficção, é, sobretudo, uma figura incontornável no panorama do cinema documental português. A sua obra é marcada pelo documentário de carácter social, antropológico ou etnográfico, por um lado, e também por produções dedicadas a episódios marcantes da história recente de Portugal e a figuras, movimentos e correntes de relevo da cultura lusófona.
A sua mais recente série, “Abandonados”, baseada em factos reais, ocorridos em Timor durante a II Guerra Mundial, com a invasão do Japão, está a ser transmitida, na RTP 1, à quarta-feira.
Ana Braguês, professora bibliotecária do AGEVC