As eleições legislativas antecipadas vão realizar-se no dia 30 de Janeiro do próximo ano, anunciou esta quinta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Numa curta comunicação ao país a partir do Palácio de Belém, o Chefe de Estado desdramatizou uma nova ida às urnas mas reconheceu que “todos dispensávamos mais uma eleição”, poucos meses após as autárquicas.

Marcelo Rebelo de Sousa justificou a dissolução do Parlamento como a única possibilidade, perante o chumbo do Orçamento. “Não foi uma rejeição pontual, por circunstância, foi de fundo”, que “dividiu por completo a base de apoio do Governo, mantida desde 2015”, frisou.

O Presidente da República lembrou que “este era um orçamento especialmente importante num momento especialmente importante para todos nós” e que já tinha avisado “inúmeras vezes” que tomaria esta decisão em caso de chumbo.

As eleições antecipadas são, no seu entender, “o único caminho que permite aos portugueses reencontrarem-se com os seus representantes nacionais, decidirem o que querem para os próximos anos, que são anos determinantes, em efeitos da pandemia, em volume de fundos, para reconstruir a economia e a sociedade e escolherem aquelas e aqueles que irão o mais rapidamente possível votar o Orçamento que faz falta a Portugal”.

A dia escolhido para ir a votos teve em conta a abstenção. “Sabemos todos que campanha eleitoral, bem como debates audiovisuais que a devem anteceder, realizados no Natal, o primeiro Natal depois daquele que em boa verdade não tivemos, ou pelo Ano Novo, são a todo o título indesejáveis”, afirmou Marcelo, notando que uma data anterior poderia levar a uma maior “e indesejável” abstenção.

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