As novas medidas de restrição impostas pelo Governo como forma de combate à pandemia têm motivado críticas por parte de responsáveis de vários sectores, nomeadamente da área da restauração, que terá de fechar às 22h30 durante a semana e às 13h00 aos fins-de-semana (excepto para servir em modelo de take-away) nos concelhos considerados de maior risco de contágio.
Desta vez foi a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) a alertar para as dificuldades que se avizinham, numa carta aberta ao Primeiro-Ministro António Costa.
“Sabemos do difícil e instável cenário que vivemos, sabemos que a actual situação pandémica nos dificulta a vida a todos mas não é possível continuar neste rumo desastroso para as nossas actividades económicas. Não é fácil alcançar o perfeito equilíbrio entre a saúde pública e a economia mas as imposições agora aprovadas pelo Governo ameaçam ferir de morte as empresas da Restauração, Similares e do Alojamento Turístico”, pode ler-se no documento.
O financiamento a fundo perdido para micro, pequenas e médias empresas correspondendo a 50% da quebra de facturação registada; a extensão do lay-off simplificado até 31 de Dezembro de 2021, com a inclusão dos sócios-gerentes e isenção da TSU; a redução temporária da taxa do IVA nos Serviços de Alimentação e Bebidas; a isenção sobre as rendas de forma proporcional à quebra mensal de facturação; medidas excepcionais para a animação nocturna, que se encontra sem qualquer actividade desde Março de 2020; e a implementação de novas moratórias fiscais e contributivas, bem como de todos os impostos e tributações devidos até 30 de Setembro de 2021 estão entre as soluções apresentadas.