Os concelhos de Vouzela, Oliveira de Frades e São Pedro do Sul totalizam, até ao momento, 14 casos de infecção por COVID-19, mais um do que na quinta-feira.
A nova confirmação, que ainda não aparece no Relatório de Situação da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta sexta-feira, foi registada no município sampedrense e anunciada pela autarquia, que regista cinco casos da doença no concelho, ao passo que Oliveira de Frades continua com sete e Vouzela duas.
A nível nacional, Portugal soma agora 246 mortes por COVID-19 – mais 37 do que ontem – e 9.886 casos positivos, mais 852, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 9,4%.
Segundo o boletim, estão internadas 1.058 pessoas e há 245 nos cuidados intensivos, mais cinco do que na quinta-feira. Um total de 5.392 cidadãos aguarda resultado laboratorial, 22.556 estão a ser vigiados pelas autoridades de saúde e o número de recuperados mantém-se nos 68.
Maioria das vítimas mortais tinha outras doenças
A maioria das vítimas mortais, 87%, tinha mais de 70 anos, sendo que a mediana dos óbitos registados até agora é de 85 anos nas mulheres e 80 nos homens, revelou a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, na habitual conferência de imprensa diária de apresentação dos dados da pandemia em Portugal.
A responsável sublinhou que a maior parte das vítimas, para além do factor idade, tinham outra doença e, na maioria dos casos, mais do que uma. As patologias estão relacionadas, sobretudo, com os aparelho cardiocirculatórios e respiratório, diabetes, doença renal crónica, neoplasias e doenças cerebrovasculares em geral.
Por seu lado, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, adiantou ainda que a taxa de letalidade nas pessoas com mais de 70 anos é de 10,2%, face aos 2,5% da taxa global.
Lembrando que Abril é o “mês mais crítico”, o responsável revelou também que o Governo encomendou 24 milhões de máscaras cirúrgicas, as quais vão chegar de forma faseada. A estas, juntam-se 1,8 milhões de máscaras FFP2, que vão entrar no país até ao fim de Maio.
Lacerda Sales admitiu, contudo, haver um problema com o agendamento de testes e avançou que está a ser realizada uma reunião com o objectivo de acelerar a realização deste processo.
Quanto aos ventiladores, o Governo garantiu que vai duplicar o número de equipamentos, mas os profissionais de saúde alertam que é preciso que estes cheguem a tempo do pico da pandemia. Recorde-se que o número de doentes críticos com COVID-19 internados em cuidados intensivos cresceu 20 vezes em menos de três semanas.