O Museu do Caramulo lançou anunciou o lançamento de um programa de compensação de emissões de carbono, destinado a todos os proprietários de automóveis clássicos e desportivos “que queiram fazer um uso responsável dos seus veículos”.
A iniciativa tem o nome de “Zerar” e a compensação das emissões é feita através do site www.zerar.pt, onde os proprietários podem adquirir os créditos de carbono necessários para anular a utilização de um veículo ao longo do ano. O programa disponibiliza um simulador que indica as emissões geradas por tipo de veículo e os quilómetros percorridos ao longo de um ano.
“A sustentabilidade é, cada vez mais, colocada no centro de tudo o que fazemos, e a utilização de automóveis, sejam eles clássicos ou de competição, não deve ser uma excepção, principalmente se queremos que estas actividades se prolonguem no futuro”, refere o presidente da direcção do Museu do Caramulo, Salvador Patrício Gouveia.
“Temos todos que desempenhar o nosso papel”, acrescenta o responsável, “se queremos atingir as metas de descarbonização propostas, e o público em geral até já está bastante consciente desta tendência, mas muitas vezes não é claro como é que pode ou deve ser feito. O programa Zerar serve exactamente para facilitar e democratizar estes processos, assim como para conferir paz de espírito aos proprietários que querem desfrutar dos seus clássicos ou desportivos, de forma responsável e sustentável, nas suas deslocações ou provas”.
O Museu do Caramulo adianta que quis “garantir os créditos com o melhor rating no mercado”, pelo que se associou à Net-Hero, “uma organização inglesa especializada na aquisição e negociação de carbono”. “O programa Zerar seleccionou os melhores projectos a serem financiados, permitindo, assim, garantir que cada crédito de carbono adquirido, representa efectivamente uma tonelada de dióxido de carbono que é removida da atmosfera”, realça a instituição.
O museu nota ainda que o papel dos créditos de carbono de elevada qualidade é “uma ferramenta essencial para a redução de carbono até 2030 e chegar à compensação total até 2050” e lembra que, cumprimento do disposto no Acordo de Paris, o planeta deve rapidamente reduzir as suas emissões de forma a limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius, tendo como referência os níveis pré-industriais.