A demora na abertura de concursos para que as Comunidades Intermunicipais e as autarquias possam ser ressarcidas do investimento feito no combate à covid-19, o prolongamento dos horários reduzidos nos centros de saúde e a falta de medidas específicas de apoio aos bombeiros são algumas das questões levantadas pelo Conselho Intermunicipal da CIM Viseu Dão Lafões (CI da CIMVDL).
Em comunicado, e após reunião realizada ontem, dia 7, o organismo manifestou “a sua profunda preocupação” com estas matérias.
“Até ao presente momento, e não obstante a publicação da Portaria 94 C/2020, de 17 de abril, não foram, ainda lançados, quaisquer avisos de abertura de concurso, no âmbito do PT 2020, para que as CIM e os municípios possam vir a ser ressarcidos de todo o investimento realizado no âmbito do combate ao surto pandémico COVID-19, nomeadamente a aquisição de EPI (equipamentos de protecção individual), bem como a comparticipação paga, pelos municípios, referente à realização de testes de despistagem COVID-19 às IPSS/Instituições da região Viseu Dão Lafões, no âmbito do Programa de Intervenção Preventiva, promovido pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social”, pode ler-se no documento.
Na área da saúde, a CIM mostra-se preocupada com a demora na retoma dos horários normais de atendimento ao público dos Centros e Extensões de Saúde e por não haver qualquer perspectiva nesse sentido, um receio que “já transmitido nas reuniões realizadas com o ACeS Dão Lafões”. “Teme, este Conselho Intermunicipal, que aquilo que se tratava de uma suspensão temporária se transforme numa suspensão definitiva, com graves prejuízos para as populações, tendo em conta o serviço de proximidade e de acesso à saúde que representam estas Unidades de Saúde”, refere o organismo.
Em relação às corporações de bombeiros, o CI da CIMVDL defende que “o Governo não deve descurar a sustentabilidade económico-financeira destas entidades, já que, a suspensão de um conjunto significativo de serviços, associado aos custos da inactividade, vieram agravar, ainda mais, as dificuldades financeiras destas Instituições, razão pela qual o Conselho intermunicipal desta CIM apela ao Governo que crie uma linha de apoio extraordinária para estas Instituições”. Por outro lado, destaca que “as Associações Humanitárias de Bombeiros, garantem, desde sempre, e não foi excepção durante todo este surto pandémico, uma capacidade de resposta à urgência, à emergência e no apoio aos cidadãos que não pode deixar de ser relevada”.