Campia, no concelho de Vouzela, acolheu, na passada segunda-feira, dia 15 de maio, o 1º Encontro de Alunos do 5º ano inscritos na disciplina de Educação Moral Religiosa Católica, das Escolas de Lafões (Agrupamentos de Escolas de Vouzela e Campia, Oliveira de Frades, Santa Cruz da Trapa, S. Pedro do Sul e Vouzela).

Cerca de 240 alunos, sob a égide do cuidado da Casa Comum e da Sustentabilidade, tiveram encontro marcado na Reserva Botânica de Cambarinho, local onde se preserva um magnífico exemplar da nossa flora, localmente conhecido por loendro.

Depois do acolhimento e das boas-vindas, e em grupos de escola, iniciaram o percurso pedestre e interpretativo que atravessa a Reserva Botânica de Cambarinho, explorando a variedade da fauna e da flora deste lugar, cuja particularidade é a existência de loendros que, numa passadeira de tons violeta, enchem de cor e encanto este lugar único.

Chegados ao ponto mais alto, de onde se pode observar e contemplar a beleza do local, e sentados em pequenas rochas, aproveitaram para descansar da enlevada caminhada. Alunos, funcionários e professores quiseram assinalar a sua passagem, fazendo a plantação de uma árvore no local. Um gesto simbólico pela sustentabilidade, a acrescentar a tantos outros que serão motivados a implementar no quotidiano.

A caminhada continuou, em grande grupo, rumo ao monumento da Virgem Milagrosa de Campia, lugar de culto e de fé para quantos recorrem à Mãe do Céu nas suas aflições. Os alunos da Escola Básica de Vouzela prepararam um momento Mariano com o enquadramento histórico do monumento à Virgem, a encenação de um cântico, “Tu és o sol”, antecedido por um momento mindfulness, guiado pela Educadora Social, Susana Duarte. A serenidade do local, os braços abertos da Mãe prontos a abraçar a todos, constituiu-se, em contexto, para unidos rezarmos uma Ave-Maria pela paz no mundo e pelas famílias.

Mas foi na Quinta da Capela que aconteceu a explosão de alegria, a vivacidade de gestos, a correria e a vontade de fazer novas amizades, de poder, por fim, socializar.

Após o almoço partilhado, com a dinâmica abecedário dos Valores e Sentimentos, os alunos foram divididos em grupos e, a partir do respetivo valor e sentimento, foram desafiados a construir um espantalho com os materiais reciclados, levados por eles e pelos professores, para o efeito. Surgiram verdadeiras obras de arte que, numa troca de materiais entre grupos se reproduziu, quase sem o planearmos, uma feira à moda antiga de troca direta. Os espantalhos foram espalhados pelos campos recém cultivados ao redor da quinta.

Agradecemos a quantos tornaram possível esta atividade: ao professor Paulo Couceiro e à sua família, pelo excelente acolhimento na Quinta da Capela; aos professores, técnicos e funcionários que acompanharam os alunos; aos diretores de escola que possibilitaram esta iniciativa; às Câmaras Municipais, nomeadamente a Câmara Municipal de Vouzela que se disponibilizou com os seus melhores recursos. A todos um grande bem-haja!

Iniciativas como estas devem ser proporcionadas no contexto das aprendizagens das crianças e jovens, pois o desenvolvimento sustentável não vai acontecer se não tiverem oportunidades justas.