De ano para ano, esta romaria – que há 6 e 7 décadas nestas terras de Lafões tinha uma enorme afluência de devotos e romeiros de Santo Amaro e também de vendedores de doces e figos, tradicionais deste dia – veio de ano para ano a perder influência. Este ano, em plena pandemia, Santo Amaro não foi esquecido.

Duas dezenas de pessoas assistiram à missa rezada pelo senhor Padre Sousa, cumprindo as normas em vigor da DGS. Este santo que nasceu em Roma entrou na ordem de São Bento, onde foi abade. Os fiéis têm-no como protetor dos braços e pernas, como se pode ver pelos ex-votos ali deixados ao longo dos anos.

A capela estava lindamente enfeitada por uma família do Porto, descendente desta terra e que há vários anos oferece as flores para esta capela.

Que Santo Amaro, que salvou o jovem Plácido de se afogar nas águas do lago, caminhando em pé como se fosse terra firme e tirando-o pelos cabelos com vida do lago para fora, nos ajude nestes tempos difíceis para todos nós, mas de uma maneira particular para esta família do Porto. Elevemos ao Senhor por intermédio de Santo Amaro uma prece: que o milagre hoje em outro jovem e de outra forma se repita e que a Senhora da Conceição, aqui também venerada, com o seu manto protetor, a todos proteja e que para o ano possamos voltar a reunir-nos em volta do altar e celebrar a eucaristia mas de maneira diferente.

Gonçalves da Rocha